postado em 01/03/2013 06:02
São 7h, horário de entrada dos pré-adolescentes no colégio. Entre tapumes de uma obra em um prédio residencial e as grades do Centro de Ensino Fundamental n; 3 da 103 Sul, mora um usuário de drogas. Ao redor da cama improvisada com papelão e um travesseiro, há marmitas com restos de comida, além de muita sujeira. Várias latinhas de alumínio furadas e queimadas assinalam a presença do crack. ;Ele fica alucinado e não sabemos qual pode ser a reação;, explicou uma jovem de 14 anos, integrante de um grupo de seis meninas da 7; série, moradoras de Ceilândia e de Taguatinga.
Diante da situação, os estudantes são obrigados a desviar o caminho. Pais de alunos não aceitam o mau exemplo e cobram providências. ;Onde tem droga deve ter fornecedor;, acredita a cabeleireira Vânia Maria Moreira, 45 anos, mãe de aluna. O homem franzino costuma passar o dia a vigiar carros e aparece vez ou outra, na hora do almoço, para pegar marmitas. Muitos estudantes o viram consumindo crack em plena luz do dia. ;Ele sempre está doidão e até já pediu cigarro para nós, mas nunca ofereceu nada;, contou um jovem de 14 anos, estudante da 8; série.