postado em 10/03/2013 07:30
Para ouvir os áudios, posicione o mouse sobre os ícones, e então, clique no botão de play, na cor verde.O Piauí, a luminária e a janela
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Não haverá muitos outros moradores de superquadras que tenham habitado por tanto tempo um mesmo apartamento. Há 53 anos, a bancária aposentada Yone Melo vive numa unidade do Bloco K da 108 Sul. Trata-se de um dos mais significativos prédios de seis andares da história de Brasília. Por algumas boas razões: é projeto de Oscar Niemeyer, foi desenvolvido pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé (veja box), foi a primeira cumeeira de bloco a ficar pronta na nova capital e faz parte do conjunto urbanístico da 107/108 e 307/308, tombado em decreto distrital de 2009.
[SAIBAMAIS]Santuário particular
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Para a jovem piauiense de Piripiri, o bloco era uma ;gaiola; para onde teve de se mudar depois que uma tragédia mudou a sua vida. O pai de Yone, Joaquim Canuto Melo, prefeito da cidade, morreu num acidente de carro em 1957. ;Foi uma revolução na família, mudou totalmente a nossa vida. E eu era muito jovem, precisava muito dele.; Os sete irmãos tiveram de enfrentar o mercado de trabalho antes do planejado. O mais velho conseguiu emprego na Câmara dos Deputados, ainda instalada no Rio de Janeiro e, com a transferência da capital, veio para o Planalto Central.
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Pouco tempo depois, trouxe a irmã Yone, e a mãe, Maria. ;Eu não conhecia apartamento. Na minha cidade não tinha nem em Teresina. Também ainda não havia televisão, só rádio.; Quando chegou ao Bloco K, espantada, perguntou: ;Nós vamos morar nessa gaiola?;. Construído pelo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB), gerenciado pelo Grupo de Trabalho de Brasília (GTB), o apartamento estava todo mobiliado com móveis de madeira. ;Tudo muito bonito;, lembra Yone.
Poses do passado
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