Gustavo Aguiar
postado em 19/03/2013 07:15
Marcos mal havia entrado na sala de aula quando foi recebido com uma saraivada de bolinhas de papel. ;Seu gago bobo;, atacaram os colegas. A professora pede calma, mas não consegue tranquilizar a turma. O estudante devolve as agressões apontando os defeitos dos companheiros de classe, e a situação fica sem controle. A cena abre o espetáculo Não bullying comigo, apresentado ontem a 700 alunos da Escola Americana de Brasília (EAB), e é uma proposta para combater o bullying e educar as crianças sobre a violência no ambiente escolar.
No palco, o retrato de uma realidade bastante comum: segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feito em 2010, em Brasília, 35,6% de estudantes declarararam terem sofrido algum tipo de agressão na escola. A média nacional é de 30,8%. A peça produzida pelo GDF apresenta o drama de Marcos, o aluno gago, em conflito com Ana Lídia, a Patricinha rebelde; Clodô, o homossexual;, o valentão Galdino; e a paciente professora Ana Lúcia, mediadora dos conflitos em sala.