postado em 21/03/2013 06:05
O convívio com a violência dentro de casa é realidade para milhares de mulheres no Distrito Federal e no Brasil. Muitas delas se acostumam com brigas, xingamentos e agressões, que, não raramente, terminam em episódios de crueldade, como o gravado pelas câmeras de um pet shop de Taguatinga na última segunda-feira. As imagens mostram Cássio Santana da Cruz, 33 anos, atirando cinco vezes contra a ex-companheira Ivoneide de Oliveira Santana, 24, na tentativa de matá-la. A boa notícia é que, desde a sanção da Lei Maria da Penha, essas vítimas ganharam um aliado na luta por seus direitos: o Judiciário.
De 2006 a 2011, 9.585 homens acabaram processados penalmente por agredir mulheres na capital federal ; a média é de cinco ações por dia no período. Com isso, o DF aparece na quarta colocação no ranking de unidades da Federação com o maior número de ações penais abertas. Na frente do DF, estão Rio de Janeiro, Mato Grosso e Pará. Os dados fazem parte de estudo divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pesquisa mostrou que, no país, 677 mil processos passaram pelas varas ou pelos juizados especiais exclusivos para o julgamento de casos da Lei Maria da Penha. Isso inclui, além de ações, pedidos de medidas protetivas e inquéritos policiais. Em cinco anos, 98.990 homens responderam a processos por violência doméstica no Brasil.