Luiz Calcagno
postado em 22/03/2013 07:00
Saudade e esperança, essas são as duas palavras mais usadas por familiares e amigos do estudante Artur Paschoali, 19 anos, ao comentarem a ausência do jovem, após 92 dias do desaparecimento no Peru. O rapaz foi visto pela última vez em 21 de dezembro, quando saiu para tirar fotos na região de Machu Picchu. Estava alojado na cidade de Santa Teresa. Os pais do garoto, Susana Paschoali e Wanderlan Vieira, continuam as buscas e estão em Cusco desde 31 de dezembro. Eles dizem que só voltarão quando encontrarem o filho. No Brasil, o irmão de Artur, Felipe Paschoali, tenta reaver o apoio do Itamaraty e busca respostas incessantemente.[SAIBAMAIS]Hoje, integrantes da página Vamos Achar o Artur, da rede social Facebook, reúnem-se às 8h, em frente ao Palácio do Planalto, para pedir mais atenção do Governo Federal. No próximo domingo, o grupo fará um festival de tortas, para arrecadar fundos e garantir a continuidade das buscas. O movimento na internet conta com, pelo menos, 12.861 integrantes.
Conforme publicado no Correio Braziliense no último dia 9, o Itamaraty decidiu que o diplomata que apoiava os pais do rapaz no país andino deveria voltar para a embaixada, em Lima, capital daquele país. À época, Susana divulgou uma carta em que dizia sentir, ;de uma forma implícita, um certo desinteresse; das autoridades peruanas pelo caso. Em conversa por telefone, ontem, Felipe revelou que os pais continuam os trabalhos e se demonstrou descontente com a postura do governo federal. ;Não tivemos mais notícias dos trabalhos desde o início de março. Não vimos policiais trabalhando e não recebemos nenhuma ligação do Itamaraty;, reclamou.