Cidades

Investigação quer esgotar possível vínculo entre assassino e professora

Os policiais recolheram imagem de um circuito de segurança de um prédio na Asa Sul em que um homem aparece intimidando uma mulher

Ana Maria Campos
postado em 02/04/2013 08:49
Delegada Mabel de Faria, da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), que investiga o caso
Apesar de as provas serem robustas no sentido de confirmar a autoria do crime e apontar para a tese de latrocínio (roubo com morte), a Polícia Civil do DF ainda precisa preencher algumas lacunas essenciais para a conclusão do inquérito. Os investigadores querem descartar qualquer vínculo entre Walisson e Christiane. Também procuram ter certeza de que ele não a matou aleatoriamente, pelo prazer de agredir uma mulher.

Uma das hipóteses investigadas desde a segunda-feira (1;/4) é que de ele seja um criminoso contumaz. Os policiais recolheram imagem de um circuito de segurança de um prédio na Asa Sul em que um homem aparece intimidando uma mulher. Ela procurou a polícia desconfiada de que se trate de Walisson. Ainda não há confirmação de que esse fato esteja relacionado ao suposto assassino de Christiane; no entanto, a polícia não descarta a possibilidade de Walisson ter envolvimento em outros crimes. A delegada espera que a divulgação das imagens do suspeito contribuam para que eventuais vítimas o reconheçam.

Seis perguntas para delegada Mabel de Faria, titular da 1; DP (Asa Sul):

Que versão o Walisson apresentou para o assassinato da professora Christiane?
Ele foi reinterrogado e apresentou a versão de latrocínio (roubo com morte). A narrativa dele é no sentido de que ele buscava uma vítima em potencial, qualquer uma. Ele disse que tentou abordar outra vítima, mas passou um motoboy da empresa do shopping, que cuida do estacionamento. Ele, então, recua, espera uma outra oportunidade e, quando vê essa vítima (Christiane) se dirigindo para o carro, se esconde atrás de uma pilastra, espera ela guardar os ovos de Páscoa dentro do carro e faz a abordagem quando ela entra no veículo.

O que ele fez ou disse que a intimidou?
Ele disse que simulou estar armado usando um celular debaixo da blusa e falou para a vítima: ;Fique calma, que eu só quero dinheiro. Vamos para um local com pouco fluxo de pessoas e que eu possa ir embora rapidamente, e você também;. Dali, ele conta que foram direto para o Parque da Cidade.

E o que ocorreu no Parque da Cidade?
Ele pede o dinheiro e diz para ela ficar tranquila e que já vai embora. Nesse momento, a vítima teria se apavorado e gritado. Quando ela tenta sair do carro gritando, ele dá um soco na cara dela e a puxa para dentro do carro, segura o pescoço dela e mantém essa esganadura. Depois de observar que ela estava mole, a coloca entre os dois assentos, passa por cima dela, tira as chaves e vai embora.

O que ele levou da vítima?
A aliança e R$ 15.

Se ele queria roubar, por que ele não levou a carteira dela, com dinheiro e cartões de crédito?
Ele disse que a aliança estava mais fácil de ser subtraída, além dos R$ 15, que ela mesma tinha tirado de uma bolsinha. Ele não acreditava que ela tivesse mais dinheiro.

Eles se conheciam?
Tudo o que diz efeito a especulação relativamente a um vínculo entre eles não se confirma até esse momento da investigação. Essa é uma versão fragilizada até agora, mas a gente ainda depende de provas técnicas (como a quebra do sigilo telefônico). A polícia busca determinar se é homicídio e qual motivação, ou se é um roubo que ocasionou em morte (latrocínio).

Os policiais recolheram imagem de um circuito de segurança de um prédio na Asa Sul em que um homem aparece intimidando uma mulher

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação