Protagonista da oração da propina em 2009, Júnior Brunelli foi obrigado a renunciar ao mandato de distrital para se livrar do processo de cassação. Dois anos depois, já ex-deputado tornou-se pivô de uma operação policial que apura desvios milionários de emendas parlamentares. Foi preso por 10 dias para não interferir nas investigações. Em função das denúncias, acabou afastado da atividade de pastor da igreja comandada pelo pai, Doriel de Oliveira. Menos de um ano depois, Brunelli recomeçou. Sem barba, uns quilos a mais e o mesmo modus operandi que o levou do poder à prisão. Voltou a pastorear. Só que agora em um subúrbio de São Paulo.
Brunelli foi reconduzido ao cargo de pastor da Catedral da Benção e, desde novembro, lidera cultos em uma unidade da igreja que fica na Rua Demerval Lobão 184, Vila Ré, no Bairro Artur Alvim, Zona Leste de São Paulo, uma das regiões mais pobres da metrópole. Brunelli dá expediente de terça a domingo, dia em que o culto começa às 18h e dura cerca de duas horas. À frente do templo, o ex-deputado coordena estudos bíblicos, campanhas de oração, sessões de cura e de libertação.