Jornal Correio Braziliense

Cidades

Pai de diarista também morreu baleado por engano por policiais militares

Ao ler a reportagem sobre a morte do jovem José Chaves Alves Pereira, a diarista Elizabeth Assis de Oliveira, 47 anos, não conteve as lágrimas. ;Foi como entrar em um túnel do tempo. Voltei 20 anos, quando assisti às notícias da morte do meu pai. Aconteceu a mesma coisa. Ele voltava do trabalho, o carro foi confundido e ele morreu com disparo de policiais;, conta Elizabeth.

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As semelhanças entre os dois casos impressionam. Em uma sexta-feira de 1994, Aílson de Oliveira Santos, 50 anos, saiu do trabalho, no Ministério da Justiça, por volta das 20h. Ele e dois amigos seguiam para Samambaia, em uma caminhonete, quando passaram por uma viatura parada no acostamento. ;Dispararam da mesma forma, logo depois de o carro passar. Confundiram o veículo, e meu pai morreu na hora. A única diferença é que, no caso do meu pai, a viatura da PM estava descaracterizada;, conta a diarista.