postado em 14/04/2013 08:10
Os advogados de Adriana Villela, acusada pela Polícia Civil do Distrito Federal de matar os pais, José Guilherme Villela, 73 anos, e Maria Carvalho Mendes Villela, 69, tentam, na Justiça, impedir que ela se sente no banco dos réus e enfrente o júri popular. Os defensores enviaram na última quinta-feira as alegações finais, nas quais pedem, inicialmente, a absolvição sumária da cliente. Caso o magistrado não atenda ao requerimento, eles solicitam a impronúncia da arquiteta e atual estudante de direito. Além dos Villela, a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva, 58 anos, acabou assassinada a facadas. O crime aconteceu em 28 de agosto de 2009, no Bloco C da 113 Sul.
O caso ficou marcado por uma série de falhas cometidas ao longo das investigações. Leonardo Campos Alves, Francisco Mairlon Barros e Paulo Cardoso Santana foram presos em novembro de 2010 em apuração paralela da 8; Delegacia de Polícia (SIA), comandada pela delegada Déborah Menezes (leia Entenda o caso). Três meses antes, Adriana Villela havia sido indiciada pela então diretora da Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida), Mabel Alves de Faria, como mandante do crime.
Nas alegações finais, os advogados afirmam que Adriana é inocente e não há provas materiais ou ;indícios suficientes de autoria; para que o processo siga com ela como suspeita. ;É perversa a hipótese de um tribunal de leigos julgar um inocente;, argumentam os defensores. E completam: ;O acusado pronunciado torna-se réu, tem sua liberdade restringida, perde sua reputação e é exposto à situação vexatória de sentar-se no banco dos réus e, por essa razão, é imprescindível o julgamento do juiz para que possa filtrar e evitar que inocentes tenham suas vidas destruídas;.