A morte do sétimo bebê em apenas 16 dias levou a Secretaria da Saúde do DF (SES) a determinar ontem a interdição da maternidade do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) por tempo indeterminado. A ;medida cautelar; foi confirmada pela chefia da pasta no final da tarde, horas depois de uma criança de quatro dias morrer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do estabelecimento. Na última terça-feira, o secretário Rafael Barbosa já tinha decidido restringir o recebimento de novos pacientes após a notificação de um surto da bactéria Serratia no HRC, que afeta principalmente recém-nascidos. Das mortes registradas até agora, duas foram confirmadas como decorrência do microorganismo e outras duas não tiveram relação com a bactéria. Três casos ainda estão sendo investigados.
A decisão da secretaria abrange toda a área de obstetrícia do HRC. Desde ontem, estão interditadas a ala de recebimento das gestantes, a enfermaria, a unidade de serviço intermediário (USIN) e a UTI neonatal. Hoje, o hospital tem 16 pessoas internadas na enfermaria, 11 na USIN e oito bebês na UTI, que está lotada. A ideia é liberar os espaços à medida que os pacientes tenham condições de receber alta. Depois que todas as alas do bloco materno-infantil estiverem vazias, será feito um trabalho de desinfecção geral. Não há previsão para que isso ocorra e, portanto, não há data para que a maternidade do HRC volte a funcionar.
De acordo com o secretário adjunto de Saúde do DF, Elias Miziara, o bebê que morreu na manhã de ontem desenvolveu o quadro infeccioso de maneira repentina. ;Ainda não sabemos se isso ocorreu porque o bebê era prematuro ou por causa da bactéria. Entendemos que deveríamos fechar a maternidade para evitar que outros bebês chegassem aqui e corressem o risco de perder a vida;, explicou
Veja a reportagem da TV Brasília
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