postado em 21/04/2013 06:20
O início da conversa é tranquilo. Juram que no condomínio não há problemas. A rua é uma paz só. Mas, se o papo segue no assunto vizinhança, é questão de tempo até aparecer a primeira história de um morador incômodo. Aquele que é dono do cachorro que nunca para de latir. Ou escuta música alta demais. Ou tem uma vida íntima mais pública do que particular. No fundo, todo mundo tem alguma coisa para reclamar. Com tantos interesses conflitantes, difícil é encontrar saídas diplomáticas para resolver os dilemas da vida em comunidade.
Um exemplo disso é o Bloco B da 409 Norte. Quem vive ali garante que a rotina do prédio é tranquila. ;A maioria se dá bem, e alguns se tornaram amigos;, conta a artesã Marta Medeiros, 50 anos. Dito isso, vem a correção. Há, sim, uma minoria, contada a dedo, capaz de causar transtornos para o edifício todo. Marta não está envolvida em nenhum conflito, mas conhece quase todos. O mais recente aconteceu há um mês. Uma briga entre vizinhos saiu dos corredores para a 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte). A ocorrência aponta ameaça, agressão, injúria e difamação.