As apresentações musicais do segundo dia de comemorações do 53; aniversário de Brasília começaram com atraso. No Palco Principal da Esplanada dos Ministérios, a banda Nós Negras, formada por Renata Jambeiro, Kris Maciel, Cris Pereira e Teresa Lopes, que estava com o show previsto para às 15h, até por volta das 16h ainda não havia começado a apresentação. Nesse horário, o grupo ainda estava fazendo a passagem de som. Por conta da demora, a apresentação de Maria Gadú precisou ser adiantada. Agora é a cantora que abre os shows no Palco Principal.
[SAIBAMAIS]Com o atraso, é possível que as outras apresentações previstas para este domingo (21/4) também sofram algumas mudanças de horário. Maria Gadú, que iria tocar às 17h, estreia o palco seguida pela banda Nós Negras (que deve fazer um show menor de 40 minutos); Hamilton de Holanda ao lado da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, Milton Nascimento e Pedro Martins; Teatro Mágico; Nós no Bambu e Lenine.
Antes de entrar no palco, Maria Gadú disse que vai fazer o show que tem feito pelo país. Ela também falou um pouco sobre a sensação de tocar no aniversário de Brasília, que é uma cidade que a artista disse ter muita admiração. "É sempre bom cantar seja para um público em um pequeno teatro ou em um espaço aberto para uma multidão. Basicamente vou cantar para o cidadão, para o trabalhador e a pessoa que veio comemorar o aniversário da cidade", admitiu.
A cantora entrou ao palco por volta das 17h20 ao som de Rei e depois emendou com Maria solidária, prestando uma homenagem a Milton Nascimento. No encerramento, Lanterna dos afogados (Paralamas do Sucesso), Índios (Legião Urbana), Linda Flor e a canção Podres poderes de Caetano Veloso. Antes de sair do palco conclamou a todos a mudarem. "Muda, pois enquanto a gente muda, o mundo muda com a gente. O Feliciano (deputado Marcos Feliciano) não nos representa", afirma.
Após a apresentação de Maria Gadú, o grupo Nós Negras entrou ao palco. O projeto é formado por quatro cantoras brasilienses que representam a cultura afro-descendente.
Um dos momentos mais aguardados da programação comemorativa dos 53 anos de Brasília, o show de Hamilton de Holanda e convidados começou às 20h30 com uma hora de atraso. O artista logo interagiu com o público, impaciente pela espera de cerca de 40 minutos desde a última apresentação, do grupo Nós Negras.
Inicialmente, Hamilton e o pai, José Américo, o irmão, Fernando César, músicos da banda O Quinteto e outros instrumentistas de Brasília abriram o show com os números Aquarela na quixaba e Capricho de Raphael.
Em seguida, acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, sob regência do maestro Claudio Cohen, o bandolinista interpreta três movimentos da Sinfonia Monumental, criada para homenagear Brasília, quando nos 50 anos da cidade: Primeiras ideias, Marcha dos candangos e Caos e harmonia. 
Milton Nascimento faz uma participação especial, cantando as músicas Vera Cruz, em solo com o jovem músico brasiliense Pedro, Encontros e despedidas, Clube da esquina 2, Travessia e encerra com Maria, Maria. Hamilton termina a apresentação com o tema de sua criação chamado Guerra e paz, inspirado nos painéis de Cândido Portinari e na música mineira de Milton.
Essa é a primeira vez que o tema será tocado com uma orquestra sinfônica e Milton Nascimento fará o vocalize.
A banda O Teatro Mágico traz seu som, com toques circenses para o aniversário de Brasília.
O pernambucano Lenine foi o último a se apresentar no Palco Principal da Esplanada dos Ministérios. Ele animou o público com suas canções, ícones da nova música popular brasilleira.
Público
A expectativa é de que 200 mil pessoas compareçam na Esplanada para assistir aos shows desta noite. Durante o sábado, segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 50 mil pessoas passaram pelo local. Até por volta das 18h, apenas três ocorrências haviam sido registradas, todas sem gravidade.