A máfia que controla o transporte pirata na Rodoviária do Plano Piloto cobra até R$ 2 mil para permitir o ingresso de novos motoristas no esquema clandestino. Há mais de uma década roubando passageiros das empresas de ônibus, o grupo formado por 15 homens é conhecido no maior e mais movimentado terminal da capital. A tímida repressão dos órgãos fiscalizadores permitiu ao bando criar um poder paralelo, capaz de arrecadar até R$ 4 mil por dia com a atividade ilegal.
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Com uma impressionante organização, os ;loteiros; ; como eles mesmos se chamam ; montaram uma estrutura empresarial para gerir o lucrativo negócio. A equipe do Correio se passou por interessada em participar do esquema. Sem saber que falava com jornalistas, um deles pediu R$ 2 mil, à vista, para aceitar que um novato alicie passageiros na plataforma superior da Rodoviária, ponto por onde passa o maior número de pessoas. ;Aqui, para fichar, é R$ 2 mil;. ;Fichar; é o termo empregado para dizer que o grupo chancela a entrada de um novo membro na organização.