Cidades

Bandidos que atuam entre Catalão e Cristalina deixam passageiros com medo

Esta semana, 150 pessoas foram vítimas de quadrilhas especializadas que atuam na área

postado em 24/04/2013 06:07
Os ônibus que seguem da Rodoviária de Brasília com destino a estados do Sudeste são os alvos dos bandidos

;Foram duas horas de terror, nunca senti tanto medo na minha vida. Fizeram de tudo com a gente, colocaram arma na cabeça, deram tapa na cara e não respeitaram ninguém. Idoso, criança, todo mundo apanhou, achei que todos morreriam.; O depoimento é do empresário Márcio Antônio Silva, 40 anos, que estava em um dos quatro ônibus assaltados na madrugada da última segunda-feira, na BR-050, entre as cidades goianas de Catalão e Cristalina. Foram cerca de 150 vítimas, de acordo com a polícia. Além de violentos, os crimes na rodovia estão cada vez mais comuns. A polícia afirma fazer ações constantes para combater os delitos, mas destaca que a alta lucratividade dos assaltos estimula o surgimento de mais quadrilhas especializadas em assaltos aos veículos de passageiros. Apenas no ano passado, a Polícia Rodoviária Federal estima que tenham acontecido 18 ataques na área.


A atuação dos bandidos na região assusta os passageiros de ônibus interestaduais que precisam passar pelo trecho. Morador de Brasília, o estudante Thiago Campos, 23 anos, embarca pelo menos uma vez por mês para Uberlândia para visitar a família. ;Sempre sinto muito medo. Quando posso, opto por um ônibus que passe por aquele trecho durante o dia. Mas nem sempre é possível;, conta. Há dois anos, o jovem foi vítima de assaltantes. ;Levaram o meu celular e a minha carteira com todos os meus documentos. Mas acho que até tenho sorte. Tenho amigos que já foram vítimas diversas vezes no mesmo local;, explica. Desde a experiência traumática, ele toma alguns cuidados para evitar os prejuízos. ;Escondo os documentos importantes e os cartões no tênis. Coloco no fundo, e depois calço;, explicou o rapaz, que diz ter aprendido o truque com a avó. ;Ela sempre me disse para fazer isso, quando fui roubado, levei um puxão de orelha dela por não ter escondido. Agora, adotei a técnica;, afirmou.

Esta semana, 150 pessoas foram vítimas de quadrilhas especializadas que atuam na área

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