Helena Mader
postado em 26/04/2013 06:30
Paris ; As sóbrias e elegantes curvas de concreto são a essência do trabalho de Oscar Niemeyer. Arquiteto por vocação, comunista por convicção, o mestre do modernismo imprimiu em toda a sua obra essas duas paixões. Mas nenhuma criação do artista revela com tanta clareza a alma de seu trabalho quanto o projeto da sede do Partido Comunista Francês, em Paris. Niemeyer colocou ali a grandeza de sua arquitetura e a força de suas ideias políticas para criar uma obra-prima na capital francesa.
A partir de hoje, essa criação simbólica do arquiteto vai abrigar uma exposição sobre o projeto que lhe deu projeção internacional: Brasília. A exposição Meio século da capital do Brasil, que ficará aberta ao público até 30 de junho, é a maior mostra sobre a vida e a obra de Oscar Niemeyer já feita fora do Brasil e a primeira após a morte do artista. Por meio de fotos, maquetes, croquis e obras de arte, franceses e turistas de todo o mundo vão conhecer a história de Brasília e descobrir detalhes de como foi a aventura de tirar uma cidade do papel em menos de três anos.
Para saber mais
A exposição Brasília, meio século da capital do Brasil foi dividida em sete setores. O primeiro é dedicado à Missão Cruls e tem fotos e textos sobre o trabalho do belga Luiz Cruls, ainda no século 19. O segundo espaço é dedicado às fotos da construção de Brasília e o terceiro traz imagens de monumentos históricos da cidade, registradas pelo fotógrafo Fábio Colombini. O quarto setor é uma homenagem à JK, Lucio Costa e Athos Bulcão. Um dos pontos altos da mostra é a maquete gigante de Brasília, feita por Antônio José Pereira da Costa. O trabalho revela a genialidade do Plano Piloto de Lucio Costa e mostra com clareza o formato de avião da cidade. A exposição tem entrada gratuita e ficará aberta até 30 de junho, na sede do Partido Comunista Francês, em Paris.
A repórter viajou a convite do Partido Comunista Francês