postado em 28/04/2013 08:01
O comportamento agressivo dos streetpunks, dos anarcopunks e dos skinheads do Distrito Federal também se reflete nas redes sociais. Além de fotos das armas usadas por esses grupos, os integrantes de cada movimento se xingam e discutem as diferenças. Em mais de 20 perfis visitados pelo Correio no Facebook, a maioria mantinha postagens de revolta, imagens com símbolos anarquistas e fotos de armamentos usados em brigas com gangues rivais.
Em uma das páginas, um streetpunk ameaça o outro: ;Vou quebrar a soqueira na cabeça do fulano, tu vai ver;. Para ser aceito como skinhead, a mensagem sugere que o jovem teria de passar por um teste e resistir a uma surra. ;BTF (boto fé). Batizado de skin, mano;, retruca um internauta. ;Só não vale chorar;, acrescenta outro. Alguns punks dizem que, para entrar no movimento, é preciso, além de estudar a ideologia do movimento, passar por uma espécie de sessão de pancadaria para ver se ;aguenta;. No ritual, o interessado em se tornar integrante da gangue recebe chutes de coturno.
Em uma comunidade de streetpunks, um garoto alerta para a possibilidade de confusão durante um evento na época da Páscoa: ;Aí, galera! Um cara veio me falar que vai ter treta (briga) no show de amanhã. Parece que vai ter uns nazis (nazistas) nas ruas. Só avisando para ficarem espertos. Parece que tem até arma de fogo no meio;, comentou (leia fac-símile).