postado em 02/05/2013 12:34
A 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) encerrou as investigações do assassinato da professora Christiane Silva Mattos, 37 anos. Ela foi morta em 30 de março, após ser abordada no estacionamento do shopping Pátio Brasil. Os investigadores concluíram que ela foi vítima de latrocínio (roubo com morte). O carregador Walisson Santos Lemos, 23 anos, é acusado de cometer o crime. Ele teria feito quatro saques em agências bancárias de Santa Maria e levado pelo menos R$ 800 de Christiane. Dois saques ocorreram no dia do assassinato e outros dois na tarde seguinte.Após ter matado a professora, Walisson ainda teria ido à uma festa com a namorada, no qual gastou cerca de R$ 100 em consumação. A atitude chamou atenção da polícia, uma vez que Walisson tinha sido demitido dois dias antes e não havia dinheiro para receber do empregador. "Nessa festa ele gastou muito. Onde ele arrumou esse dinheiro já que estava desempregado?", disse a delegada-chefe Mabel Alves de Farias.
Segundo a investigadora, imagens do circuito de segurança das agências bancárias mostram Walisson entrando de touca e realizando os saques. A touca, inclusive, foi apreendida pela polícia. Para a delegada, é provável que Christiane não tenha reagido à abordagem e tentado fugir no primeiro instante. A reação só teria ocorrido após Walisson começar a esganá-la.
Os trabalhos indicaram que ele pode ter assassinado a professora propositadamente, para evitar que ela acionasse a polícia ou solicitasse o bloqueio do cartão bancário, impedindo-o de sacar o dinheiro que estava na conta. "Para mim, a morte está clara. Com ela viva, ele não teria condições de fazer o saque porque ela poderia bloquear o cartão. A lógica indica que ele matou para que pudesse ter segurança de usufuir o patrimônio dela", ressaltou Mabel.
[SAIBAMAIS]As investigações também demonstraram que Christiane e Walisson não se conheciam. "Ele a abordou aleatoriamente e o conjunto probatório mostrou que houve um roubo com morte. Os elementos de prova não demonstraram nenhum vínculo entre eles", explicou Mabel. O exame de DNA confirmou que o material biológico colhido na unha da vítima é mesmo de Walisson. Com isso, o caso está encerrado.
O inquérito completo já foi enviado para a Justiça na última segunda-feira e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) deve denunciar Walisson pelo latrocínio, cuja pena é de 20 a 30 anos de prisão. A punição é maior que no caso de homicídio, que é de 12 a 30 anos. Como se trata de latrocínio, o processo será declinado para competência de uma vara criminal comum e não será julgado pelo tribunal do júri.
Confira a reportagem da Tv Brasília
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