O ex-comandante da Polícia Militar coronel Suamy Santana afirmou, em coletiva nesta quinta-feira (2/5), que foi um erro administrativo ter incluído a compra das capas de chuva, por R$ 5,3 milhões, na relação de aquisição para a Copa de Mundo de 2014. Ele também disse ser inocente das acusações. "Eu não sou corrupto, não sou ladrão", defendeu. O coronel também agradeceu ao governador Agnelo Queiroz (PT) pela confiança depositada nele, durante pouco mais de um ano em que esteve à frente da corporação, e enfatizou que a demissão foi correta, pois, como comandante, ele deve assumir a responsabilidade pelo erro.
Antes de terminar a coletiva, o coronel chorou ao falar da família e destacou que acredita ter cumprido o papel dele. Ele ainda lembrou que assumiu o comando da PM em época de crise e que entrega o posto para o sucessor com a corporação em um estado um pouco melhor. A exoneração foi publicada no Diário Oficial de hoje. Ele já pediu transferência para reserva, o equivalente ao pedido de aposentadoria. Para o lugar de Suamy irá o coronel Jooziel de Melo Freire, que ocupava a secretaria adjunta de Segurança Pública. Ele foi uma indicação direta do próprio titular da pasta, Sandro Avelar.
Polêmica
[SAIBAMAIS]Suamy Santana foi demitido nessa quarta-feira (1;/5) pelo governador do Distrito Federal, após a crise causada pelo anúncio da compra de 17 mil capas de chuva para a corporação, a um valor estimado de R$ 5,3 milhões. Segundo a PM, as aquisições seriam feitas para atender aos militares durante as copas das Confederações e do Mundo. O que mais incomodou foi o fato de as competições serem realizadas entre junho e julho, em pleno período de seca na capital do país.
As capas da discórdia faziam parte de um conjunto maior de compras programado para ser feito em 18 de maio por meio de pregão eletrônico. O valor total previsto para vários itens era de R$ 21 milhões. Os recursos, oriundos do Fundo Constitucional do DF, são para reequipar a força policial. Procurado pelo Correio Braziliense na terça-feira, Suamy Santana disse que a compra era necessária, posição também defendida pelo GDF, inclusive em nota oficial encaminhada à imprensa. Uma das justificativas era a de que as capas ficariam como ;legado; para toda a corporação e que não seriam usadas apenas durante as competições.
Confira a reportagem da TV Brasília
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