Há quatro anos, Cristiana Lau da Costa, 33 anos, trocou o município pernambucano de Sertânia pela capital federal em busca de crescimento profissional. Formada em letras, ela não conseguia encontrar trabalho na cidade natal por ser cega. Em Brasília, distribuiu currículos por várias empresas e chegou a ficar um ano desempregada. Após muita batalha, foi contratada como telefonista no Serviço Nacional da Indústria (Senai), em Taguatinga, há três anos. Ela acha que pode ir mais longe. ;Decidi atirar para todos os lados, porque não queria ficar em casa recebendo benefício. Mas quero mesmo é fazer concurso da Secretaria de Educação para me tornar professora efetiva. Estou estudando para isso.;
Assim como Cristiana, pessoas com deficiência no Distrito Federal encontram dificuldades de entrar no mercado formal de trabalho. Do total de trabalhadores do DF cadastrados em 2010 no Ministério do Trabalho, menos de um por cento (0,7%) tinha alguma deficiência e estava inserido no mercado formal. Desses poucos, 53,19% eram deficientes físicos; 23,33%, auditivos; e 11,11%, visuais. Além de não conseguir emprego, essa população recebe baixos salários. Mais da metade dela (51,52%) ganha de um e meio a dois salários mínimos ; um percentual maior do que o dos trabalhadores sem deficiência (45,64%). Em todas as outras faixas de remuneração, os salários das pessoas com deficiência são menores do que os das pessoas sem deficiência.
Veja a reportagem da TV Brasília
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