A deputada distrital Liliane Roriz protocolou uma representação no Ministério Público pedindo uma investigação sobre a responsabilidade do governador Agnelo Queiroz e do secretário de Saúde Rafael Barbosa pelas mortes de nove recém-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Regional de Ceilândia. O Governo do Distrito Federal (GDF) afirma que tomou todas as medidas possíveis para controlar a bactéria que causou as mortes e por isso não podem ser ser responsabilizados.
No documento, estão anexados um relatório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que aponta situações no hospital como carência de profissionais, e denúncias protocoladas no Conselho Regional de Medicina (CRM) de servidores que alegam que falta infraestrutura na instituição. Além disso, há também pautas como a falta de higiene nas instalações, segundo a assessoria da deputada.
A deputada entrou com a representação, pois alega que o GDF não tomou medidas práticas para evitar as mortes.
Outro lado
A secretaria de Saúde do DF diz que tomou todas as medidas para controlar a bactéria Serratia marscenses na unidade, e que por isso o secretário e o governador não podem ser responsabilizados pelas mortes ocorridas no local. A secretaria se colocou a disposição para prestar qualquer esclarecimento necessário à justiça.
O documento foi enviado para o Ministério Público, mas como o governador tem foro privilegiado, foi encaminhado para a Procuradoria Geral da República (PGR), que recebeu a representação nesta quarta-feira (8/5) e agora irá analisar e verificar se a denúncia é pertinente ou não. A secretaria afirma que o fato da representação ter sido encaminhada à PGR não significa que a investigação tenha sido aberta ou que algum promotor tenha feito juízo de valor.
Interdição
A maternidade do HRC chegou a ficar interditada por uma semana depois que recém-nascidos internados na UTI neonatal morreram. na maternidade - oito na UTI, oito na unidade de cuidados intermediários e uma na enfermaria. Eles estavam em ala separada.