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Caso 113 Sul: porteiro insinua que filha dos Villela mandou matar os pais

No interrogatório, Leonardo Campos Alves também afirmou que foi torturado e por isso confessou ser autor de um crime que não cometeu



O ex-porteiro já tinha prestado um depoimento em março de 2012, quando disse que confessou ser autor dos homicídios sob tortura praticada por policiais da 8; Delegacia de Polícia (SIA), então chefiados pela delegada Deborah Menezes. O ex-defensor do réu, Frederico Donati Barbosa se afastou do caso em agosto. Após o defensor Praxedes assumir o caso de Leonardo, foi feita a solicitação para uma nova interrogação.

Leonardo conta que no dia 15 de novembro de 2010 foi preso em Montalvânia, quando estava na casa da sogra. Os policiais teriam invadido a casa e ele foi, então, detido. Ele também negou ter procurado o ex-ministro para pedir emprego horas antes do crime.

[SAIBAMAIS]O depoimento estava marcado para começar às 14h desta terça-feira (14/5), mas começou por volta de 15h20, no Tribunal de Justiça do DF e Territórios. Leonardo foi levado do presídio para o tribunal por volta das 9h em uma escolta armada. Também estão presentes seis advogados de Adriana Villela e o irmão dela, Augusto Villela, assim como a família do réu Francisco Mairlon Barros de Aguiar.

Um dos advogados de Adriana Villela, Pedro Ivo, explicou antes do depoimento que o interrogatório de hoje não é tão incomum, e afirmou esperar que Alves "finalmente conte a verdade e não dê uma nova versão mirabolante".

Entenda o caso

O triplo homicídio ocorreu no apartamento do ex-ministro do TSE. As três vítimas foram assassinadas com 73 facadas. Os autos do processo foram distribuídos ao cartório no dia 1; de outubro de 2009. Em outubro de 2010, o juiz do Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia do Ministério Público, na qual quatro réus foram denunciados: Adriana Villela, filha do casal e acusada de ser a mandante do crime; Leonardo Alves, ex-porteiro do bloco onde ocorreu o triplo assassinato; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar, suposto comparsa de Leonardo e Paulo.

Com informações de Mara Puljz

Veja a reportagem da TV Brasília

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