Cerca de 1,5 mil instrutores de trânsito do Distrito Federal entraram em greve nesta segunda-feira (20/5). A categoria reivindica melhores condições de trabalho, reajuste salarial de 15% e o pagamento de vale-alimentação. Os exames de habilitação estão suspensos por tempo indeterminado. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) disse que só poderá fazer o reagendamento dos testes quando a greve terminar.
O início da paralisação foi decidido em assembleia realizada na última quarta-feira (15/5), quando o Sindicato dos Instrutores e Empregados em Auto e Moto Escolas do Distrito Federal (Sieame-DF) reuniu cerca de 200 funcionários.
De acordo com a assessoria da categoria, durante a reunião, o sindicato patronal se recusou a negociar. A greve só terminará quando os instrutores receberem nova proposta.
Segundo o presidente do Sindicato das Auto Escolas do DF (Sindauto), Francisco Joaquim Loiola, não houve uma reunião para negociação. O que ocorreu foi uma proposta por escrito formulada por uma comissão jurídica e encaminhada para os instrutores. Ainda segundo o presidente, a categoria teria aceito os novos valores propostos para o piso salarial, que variam de acordo com o cargo.
O problema que persiste e impossibilita a conclusão das negociações é a ausência do pagamento de um vale-alimentação para os intrutores. Joaquim diz que não é possível oferecer o benefício, pois isso poderia refletir em um aumento no custo para tirar a carteira de habilitação. "A sociedade não pode pagar por tudo", diz ele ao explicar que as auto-escolas poderiam perder os clientes com esse aumento.
Veja a reportagem da TV Brasília
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