Jornal Correio Braziliense

Cidades

Eventos movimentam quase R$ 2 bi anuais e setor deve crescer 30%

Localização estratégica e proximidade com o poder fazem de Brasília palco para congressos, seminários e feiras internacionais


Brasília entrou de vez no mercado global de eventos. No ano passado, a cidade sediou 22 congressos que ajudaram a movimentar a economia local. Segundo a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, sigla em inglês), a capital brasileira foi a cidade que mais evoluiu em 2012 e conquistou a terceira posição no ranking da entidade. Só ficou atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trata-se de um mercado em franca expansão que movimenta quase R$ 2 bilhões por ano no DF.

Hoje, existem, no Distrito Federal, 120 empresas de grande porte especializadas na organização de eventos e outras 500 prestadoras de serviços ; que incluem firmas de sonorização, bufê, manobristas e recepcionistas. Juntas, elas geram 10 mil empregos diretos e outros milhares de indireto. Elas faturam R$ 1 bilhão em eventos licitados pelo governo federal e pelo GDF feitos anualmente em Brasília. Congressos, seminários e feiras privadas rendem outros R$ 800 milhões. O segmento espera alta de 30% em 2013. ;O setor está crescendo muito em Brasília de uns cinco anos para cá. A cidade está sempre cheia;, afirma Chico Maia, presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Distrito Federal (Sindeventos).

O crescimento no número de encontros mundiais na capital em 2012 foi de 69% quando comparado ao ano anterior, quando 13 eventos ocorreram na cidade, o que rendeu a quarta posição no ranking da ICCA daquele ano. Agora, Brasília ocupa o 26; lugar no continente, empatada com as norte-americanas Miami e Atlanta, e à frente de importantes destinos turísticos internacionais, como Los Angeles e Las Vegas (ambas nos EUA), Córdoba (Argentina) e Punta Del Este (Uruguai).

Cada evento dura, em média, de dois a cinco dias, e um turista de eventos chega a gastar três vezes mais do que o visitante de lazer. A estimativa é de R$ 450 por dia, de acordo com o secretário de Turismo do DF, Luis Otávio Neves. ;Ele fica hospedado em hotéis, gasta em lavanderias, almoça e janta em restaurantes. Consome produtos brasilienses e movimenta a economia;, afirma. Assim, toda a cadeia produtiva ganha, principalmente os setores de bares, restaurantes, hotéis, casas noturnas, lojas e serviços de uma maneira geral.