postado em 23/05/2013 17:41
A Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida) fez uma denúncia para a 1; Vara Criminal de Brasília contra a pediatra Fernanda Sousa Cardoso Lopes, acusada de prescrever uma para a menina Rafaela Luiza Formiga, de 1 ano e 7 meses. Segundo a denúncia, a menina morreu por causa do erro médico ao receber a alta dose na veia. De acordo com o promotor de Justiça Thiago Gomide Alves, a médica agiu ;com imperícia, descumprindo as regras técnicas de sua profissão;, o que provocou a morte da criança.
[SAIBAMAIS]O promotor de Justiça se valeu de investigações realizadas pelo MPDFT Ministério Público do Distrito Federal e do laudo de necrópsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML). ;Inicialmente, o perito do IML afirmou que a causa ;mais provável; da morte seria intoxicação adrenérgica. Por não ter sido conclusivo, fizemos questionamentos ao perito. As respostas foram aditadas ao laudo e nelas o IML concluiu que a superdosagem de adrenalina foi fatal;, afirmou Alves.
Segundo o promotor, Fernanda responderá pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A pena pode chegar a até quatro anos. ;O Ministério Público pediu ainda a fixação do valor mínimo de R$ 135,6 mil para a reparação dos danos morais causados à família da vítima;, completou. Além do MPDFT, esse caso é investigado pela Secretaria de Saúde e pelo (CRM-DF).
Entenda o caso
Rafaela deu entrada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) com alergia e vermelhidão pelo corpo em 20 de janeiro deste ano. De acordo com a família da criança, a pediatra Fernanda Sousa teria receitado uma superdosagem de medicamento para controlar os sintomas.
Minutos após ter recebido a medicação, a menina apresentou piora no quadro e foi transferida para o para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Santa Maria. Na tarde do dia 23 de janeiro, Rafaela teve cinco paradas cardíacas e não resistiu.