Cidades

Julgamento de ex-distrital Carlos Xavier segue sem data prevista

O assassinato do adolescente Ewerton da Rocha Ferreira completou nove anos. Acusado de ser o mandante do crime, ex-deputado distrital perdeu o mandato, mas nunca se sentou no banco dos réus, graças a recursos dos seus advogados

Ana Maria Campos
postado em 31/05/2013 07:36
Carlos Xavier teria contratado capoeirista, já condenado, para tramar a execução porque a vítima teve um relacionamento com a mulher do político, segundo a polícia e o MP
Nove anos depois da denúncia que levou à primeira cassação de mandato na Câmara Legislativa, o processo contra o ex-deputado distrital Carlos Xavier (sem partido), acusado de ser o mandante da morte de um adolescente, tramita no Tribunal do Júri de Samambaia sem data marcada para julgamento. Uma série de recursos do ex-parlamentar deixa sem desfecho um episódio grave da história da capital do país.

O jovem Ewerton da Rocha Ferreira foi encontrado morto em 9 de março de 2004, nas imediações de uma parada de ônibus entre o Recanto das Emas e Samambaia, cidades de classe média baixa do Distrito Federal. Para o Ministério Público local (MPDFT), o garoto de 16 anos perdeu a vida por uma vingança do então deputado Carlos Xavier.

Ewerton teve um relacionamento com a ex-mulher do ex-distrital Maria Lúcia Xavier. O ex-deputado se diz vítima de uma conspiração política para tirá-lo da Câmara Legislativa. No processo, alega ter provas de que houve uma armação para incriminá-lo, apenas com o objetivo de tirá-lo da vida pública. A cassação do mandato deixou Xavier inelegível até dezembro de 2014. Wilson Lima, suplente do distrital, herdou o gabinete na Câmara Legislativa.

O assassinato do adolescente Ewerton da Rocha Ferreira completou nove anos. Acusado de ser o mandante do crime, ex-deputado distrital perdeu o mandato, mas nunca se sentou no banco dos réus, graças a recursos dos seus advogados

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