Um policial militar (PM) do Batalhão da Rotam à paisana foi morto por um outro policial militar na noite dessa quarta-feira (5/6). O cabo Osmar Catarino Júnior teria tentado conter um assalto a um ônibus na avenida Hélio Prates, em Taguatinga.
De acordo com o cobrador do coletivo, quando o ônibus parou próximo à QNL 30 para deixar passageiros, um homem entrou, anunciou o assalto e mandou o motorista seguir. O carro de Catarino teria fechado o ônibus para conter o assalto. Testemunhas indicaram que uma equipe da Rotam chegou ao local e atirou nas costas do PM.
Catarino chegou a ser levado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas não resistiu aos ferimentos. O cabo Damasceno, que disparou contra o PM, está internado em estado de choque e precisou ser medicado. A polícia não informou em que hospital Damasceno está sendo atendido.
O caso é investigado pela Corregedoria da PM. Em nota, a corporação informou que "todo o apoio foi e está sendo dado aos familiares pelo comando da PMDF do Departamento Operacional e do Batalhão de Rotam, bem como por inúmeros companheiros que estiveram no HRC".
Em entrevista coletiva à imprensa, o comandante-geral da PM, Jooziel Freire, disse que a investigação da corregedoria estará apurada em 30 dias. Ele não quis entrar em detalhes sobre possíveis punições aplicadas ao cabo Damasceno, dentre elas uma possível acusação de homicídio culposo, já que, em tese, ele não teria intenção de matar.
"Foi uma fatalidade. Os homens da Rotam são constantemente treinados para evitar que esse tipo de coisa aconteça. Lamento tanto a morte de Catarino quanto a saúde físico-psicológica de Damasceno", afirmou Jooziel.
Estudantes baleados
Em abril, a PM afastou três policiais que mataram por um engano um estudante em Ceilândia. José Chaves Alves Pereira, 27 anos, estava no banco do passageiro de um Fiat Uno vermelho, quando foi baleado na cabeça. Segundo as investigações, os PMs teriam confundido o carro com um um outro da mesma cor e do mesmo modelo, que foi roubado durante um sequestro relâmpago.
Com informações de Camila Costa e Luiz Calcagno.
Veja a reportagem da TV Brasília
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