postado em 19/06/2013 06:44
A nova versão da lei seca tem provocado a revisão de hábitos dos brasilienses. Além de contribuir para a queda no índice de vítimas no trânsito, o impacto na mudança da legislação atingiu em cheio o setor de bares e restaurantes, que registrou uma redução de cerca de 30% no faturamento total desde janeiro deste ano, no Distrito Federal. ;Houve queda considerável no movimento. Quem antes bebia quatro cervejas hoje bebe uma garrafa d;água e pronto;, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF), Jaime Recena.O medo de ser flagrado na blitz faz com que muitas pessoas simplesmente optem por ficar em casa. É o caso do funcionário público Matheus Moura Santana, 23 anos. Ele costumava sair três fins de semana por mês e agora só encontra os amigos em bares uma vez por mês. ;Em maio, não saí nenhuma vez;, afirmou. Ele também conta que reduziu o consumo de bebida alcoólica, mesmo em casa. ;A lei acabou me estimulando a beber menos por cuidados com a saúde;, garantiu.
Segurança
Terceirizar a direção não é o que faz o advogado Pedro Henrique Mendes Hilário, 27 anos. Ele prefere abrir mão do copo em nome da segurança dele e dos amigos. ;Prefiro ceder o direito de beber aos meus amigos e eu fico de amigo da vez;, afirmou. A vontade existe, mas ele se controla. ;É melhor um não beber do que nós todos fazermos bobagem;, disse. Por isso, a escolha pela abstinência não é um peso e é altamente recompensador. ;Dá uma tranquilidade saber que tem alguém inteiramente capaz de guiar o carro. Quem diz que fica tranquilo ao ingerir bebida alcoólica e dirigir não é totalmente sincero. No fundo, no fundo, a gente fica receoso, sim;, considerou.