postado em 20/06/2013 08:59
Desde o começo da manhã desta quinta-feira (20/6), policiais cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços de Taguatinga e da Colônia Agrícola de Samambaia. A Operação Salvados visa desarticular uma quadrilha especializada em dar golpes em seguradoras de veículos.
Segundo a investigação conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco), seis homens compravam motos e carros em leilões, com valor abaixo de mercado, faziam reparos e os asseguravam. Poucos tempo depois, registravam ocorrência de roubo do carro, e entravam com pedido nas seguradoras. Eles compravam os veículos em leilões em São Paulo e Contagem (MG). A polícia suspeita que a quadrilha, depois que receber o dinheiro do seguro, ;esfriava; os documentos e para vender os carros ou as peças.
O último veículo usado pela quadrilha para tentar dar o golpe é um Camaro amarelo, com valor de mercado de R$ 160 mil. De acordo com a polícia, eles compraram o Camaro por R$ 89 mil em leilão, pagaram aproximadamente 10 mil para arrumar e fizeram o seguro. Depois, registraram ocorrência de roubo. O veículo foi localizado em uma garagem, em Taguatinga.
Nesta quinta-feira (20), foram apreendidas duas motos, um Camaro e uma BMW modelo X5. Eles ainda tentavam receber o valor do seguro do Camaro, no entanto a seguradora percebeu o golpe e não pagou o valor do seguro. A polícia ainda apreendeu a BMW e uma moto para chegar documentação e se há alguma restrição.
As apurações da polícia indicam ainda que os integrantes do grupo, após registrar ocorrência de roubo dos veículos, anunciavam a venda das peças dos automóveis pela internet. Em uma das ofertas estava uma moto que havia sido registrada na polícia como roubada.
Os investigadores garantem que os suspeitos também adulteravam os sinais identificadores dos automóveis para revendê-los. "O esquema organizado por eles é altamente lucrativo. Além de receberem o dinheiro o seguro, eles vendiam as peças ou até mesmo os carros", afirma o delegado-chefe da Deco, Henry Peres.
A investigação durou três meses e, segundo a polícia, teve duração de dois anos. "São pessoas que forjavam crimes, maquinavam e faziam falsa comunicação de crime. Quando há a comunicação de assalto, toda a polícia é acionada", afirmou Fernando Cocito, delegado-adjunto da Deco.
Todos os suspeitos foram presos nesta quinta-feira (20). Entre eles um endocrinologista de um hospital particular do Distrito Federal. Com um dos suspeitos, a polícia apreendeu uma pistola. As prisões temporárias, autorizadas pelo juiz da 3; Vara Criminal de Taguatinga, têm prazo de cinco dias. Os suspeitos vão responder por estelionato, formação de quadrilha e falsa comunicação de crime.
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