postado em 20/06/2013 12:49
Três pontos de concentração estão previstos para receber as pessoas que pretendem participar da manifestação desta quinta-feira (20/6), na Esplanada dos Ministérios. Os manifestantes devem se reunir na Universidade de Brasília (UnB); no Museu Nacional da República, a partir das 16h; e na Rodoviária do Plano Piloto, a partir das 17h.
Os manifestantes estão se organizando via internet para marchar pelo Eixo Monumental e pela Esplanada dos Ministérios até chegar ao gramado do Congresso. O grupo Acorda Brasília, que conseguiu a adesão pelas redes sociais de 55 mil pessoas para a manifestação de hoje, informou que não pretende incitar ou apoiar a entrada de pessoas na Câmara e no Senado, ou qualquer ato que ultrapasse a área externa e o gramado do local.
Os manifestantes estão se organizando via internet para marchar pelo Eixo Monumental e pela Esplanada dos Ministérios até chegar ao gramado do Congresso. O grupo Acorda Brasília, que conseguiu a adesão pelas redes sociais de 55 mil pessoas para a manifestação de hoje, informou que não pretende incitar ou apoiar a entrada de pessoas na Câmara e no Senado, ou qualquer ato que ultrapasse a área externa e o gramado do local.
Em um protesto na última segunda-feira (17), parte dos manifestantes ocupou a rampa do Congresso Nacional e uma das cúpulas no teto do prédio. Se antecipando à manifestação de hoje, as vias de acesso ao Congresso foram bloqueadas pela segurança do Senado para evitar que veículos fiquem parados no local. Ontem (19), a entrada de pessoas na Câmara e no Senado foi controlada para evitar possíveis tumultos dentro das casas.
No momento, a cúpula da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal está reunida para definir as estratégias de segurança e decidir se o trânsito será interrompido na Esplanada dos Ministérios, local em que todos os manifestantes irão se reunir. A PM informou que o Departamento de Trânsito (Detran) do DF irá atuar de acordo com as demandas. Organizador do movimento Copa para Quem? no Distrito Federal, o economista Francisco Carneiro disse que o grupo vai protestar contra o conjunto de violações de direitos humanos cometidas em função dos eventos esportivos no país e exigir o fim da criminalização das manifestações.
[SAIBAMAIS]"Os protestos começaram por causa dos preços das passagens, mas outras reivindicações estão sendo incluídas. Por causa do último protesto na Esplanada, várias pessoas estão sendo criminalizadas. Vamos exigir o fim desse absurdo e também protestar contra as diversas violações de direitos humanos no contexto dos eventos esportivos, como as remoções forçadas", disse Carneiro. Em Brasília, a manifestação pela tarifa zero reuniu ontem cerca de 2 mil pessoas. Embora a principal motivação tenha sido por melhorias no transporte público, também foram feitas críticas ao governador Agnelo Queiroz e ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano.
Ontem, os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro anunciaram a redução do preço das passagens de transporte público. De acordo com a organização Tarifa Zero, outras prefeituras também anunciaram a diminuição dos preços das passagens: Porto Alegre, João Pessoa, Campinas (SP), Cuiabá, Manaus, Paranaguá (PR), Foz do Iguaçu (PR), Vinhedo (SP) e Valinhos (SP). A possibilidade de redução também está sendo estudada em outras cidades.
Segundo um dos líderes do Acorda Brasília, o estudante Renato Luís, 18 anos, o objetivo do protesto de hoje é pedir a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa, para investigar os gastos com o evento, possíveis superfaturamentos e transgressões com a venda de ingressos; apoiar a tramitação do Projeto de Lei (PL) 5500/2013, para a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação; e apoiar a discussão sobre as propostas de Emenda à Constituição (PECs) 37 e 33 (que limita os poderes do Supremo).
O movimento também apoia os cinco objetivos do Anonymous Brasil, outro grupo criado via redes sociais, que pede a saída imediata do presidente do Senado, Renan Calheiros; a investigação das obras da Copa pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF); a criação de uma lei que torne a corrupção no Congresso crime hediondo; o fim do foro privilegiado aos parlamentares e o repúdio à PEC 37.