A manifestação ocorrida em frente ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (20/6) deixou quase 100 feridos, entre civis e policiais, segundo levantamento realizado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel (Samu). De acordo com o balanço da Polícia Militar, duas pessoas que tentaram invadir o Itamaraty foram presas. Um manifestante que atirou pedroa contra policiais também foi detido.
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, elogiou a ação policial durante os protestos. ;Tivemos um saldo extremamente positivo. A PM fez um trabalho referência e modelo nacional, porque conseguiu impedir invasões em locais símbolos do país e da democracia, e mais uma vez, com equilíbrio e comedimento, evitou danos no patrimônio público e ferir os manifestantes;.
A manifestação
Os protestos começaram pouco antes das 16h, em frente ao Museu da República. Uma hora depois, o grupo marchou em direção ao Congresso. O trânsito na Esplanada acabou interrompido. Centenas de policiais aguardavam os manifestantes, isolando completamente o parlamento brasileiro. Como na última segunda-feira (17/6), pessoas com bandeiras de partidos políticos foram hostilizadas e houve bate-bocas, mas sem confrontos.
Entre os manifestantes que desceram o Eixo Monumental, no fim da tarde, em direção ao gramado do Congresso, o clima era de paz. Os cartazes e as faixas pediam mais saúde e educação e reclamavam da corrupção e da realização da Copa do Mundo no país.
No meio da multidão, uma imagem se destacava: a do pequeno Levi Obalski, de 5 anos, nos ombros do pai e segurando a Bandeira Nacional. Morador de Samambaia, o brigadista Willian Assis dos Santos, 34, fez questão de levar o garoto, mesmo sabendo dos riscos. ;Acho importante que ele tenha noções de cidadania desde a infância. Quero que se lembre, mesmo vagamente, de que um dia participou de um movimento histórico como este;, disse.