postado em 02/07/2013 06:00
O barulho constante dos carros, do comércio agitado, o vaivém das pessoas nas ruas. É difícil imaginar a vida em grandes centros sem associá-la a situações como essas. Para alguns, a correria da vida urbana pode se transformar em sofrimento e estresse. Vida sustentável, sossego e segurança são conceitos, muitas vezes, lembrados por quem decidiu que viver só assim não é a melhor opção. Em busca de mais equilíbrio, um número de pessoas ; ainda pequeno, mas em crescimento ; procura fazer da própria moradia um ambiente em que o contato com a natureza e a vida tranquila do campo estejam presentes. O acesso aos benefícios do asfalto não é descartado, até porque atividades como estudo, trabalho e lazer continuam sendo feitas na cidade.
Para o especialista em psicologia ambiental e professor da Universidade Brasília (UnB) Hartmut Günther, a vontade de mudança pode ser influenciada, entre outros fatores, pelo aspecto revigorante das áreas verdes. ;O campo, para algumas pessoas, tem poder de restauração. Então, procura-se a passagem de um ambiente estressante, que é o meio urbano, para outro capaz de tranquilizar;, explica.
No caso do engenheiro florestal Cláudio Jacintho, 35 anos, trocar, há 10 anos, a vida em uma casa no Lago Sul por uma chácara no Setor Habitacional Tororó, a cerca de 23km do centro de Brasília, fez parte de um conjunto de mudanças maiores. O engenheiro optou por um estilo de vida sustentável e adquiriu uma série de hábitos que contribuiram para uma vida mais ecológica. ;Notei que a degradação ambiental estava associada ao modo de vida que levamos e, por essa visão de mundo, passei a ter uma vida mais sustentável. Ou melhor, menos insustentável. Dentro de tudo isso, passar a morar em uma chácara acompanhou as outras modificações;, afirma.