Cidades

Agricultores invadem edifício do Incra em protesto por reforma agrária

O grupo pede reunião com o presidente do Incra e o ministro do Desenvolvimento Agrário

postado em 17/07/2013 08:02

Os manifestantes já ocuparam três andares do prédio e o subsolo
Integrantes da Federação de Agricultura Familiar do DF (Fetraf) invadiram o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na manhã desta quarta-feira (17/7). Os funcionários do órgão estão impedidos de entrar no edifício para trabalhar. De acordo com o coordenador geral da Fetraf, Francisco Lucena, cerca de mil famílias ocupam os três primeiros andares e o subsolo do edifício.

Trabalhadores reclamam falta de acesso ao benefício por falta de assistência técnica
Os manifestantes querem se reunir com o presidente do Incra, Carlos Mário Guedes, e o ministro do Desenvolvimento Agrário para pedir a reforma agrária. Francisco explica que a terra é o principal meio de produção do grupo e existem terras ociosas da União que poderiam ser utilizadas. O grupo também exige assitência técnica desde o manuseio da terra até a comercialização do produto final e o acesso ao Crédito de Instalação.

Segundo o Incra, o governo suspendeu cerca de R$ 1,9 bilhão do benefício por conta de fragilidades na ação. O órgão informou ainda que que desse montante já foram restabelecidos R$ 56,5 milhões em nove das 30 superintendências do Incra, dos quais, R$ 1,340 milhão foram destinados para a superintendência do Distrito Federal e Entorno. O restante do dinheiro será restituído de acordo com o recebimento das notas fiscais dos produtos comprados com o dinheiro do crédito à sede do Incra.



Por volta das 9h, os diretores de Administração e de Crédto receberam a coodenação do movimento, mas o encontro não gerou nenhuma solução. O movimento quer a garantia de que os diretores tenham poder de deliberação para tratar das manifestações, já que o presidente do Incra está fora do país e a substituta está em reunião.

Quatro viaturas da Polícia Militar estão no local. Até o momento, os manifestantes quebraram dois vidros do edifício, mas segundo a polícia, os protestos são considerados pacíficos.


(Com informações de Ana Pompeu)

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