Renato Alves
postado em 19/07/2013 06:03
A dona de casa Maria Antônia Pereira da Silva luta há mais de seis meses para sepultar o filho José Dalvanei Alves Pereira. Não que ela e a polícia desconheçam o paradeiro dos restos mortais. Eles estão no Instituto Médico Legal de Goiânia. Os dele e os de Luan Fernandes da Silva. Ambos foram assassinados na madrugada de 24 de dezembro, no Novo Gama (GO). Apanharam e sofreram decapitação. E ainda tiveram a casa incendiada pelos criminosos. Tudo porque eram homossexuais. Investigadores goianos desvendaram logo o caso e prenderam os suspeitos, mas as famílias das vítimas ainda não puderam fazer os enterros por falta de um aparelho de identificação.Como os dois foram decapitados e carbonizados, a identificação precisa ser feita no IML da capital goiana, único lugar do estado onde há um equipamento capaz de fazer o reconhecimento por DNA. No entanto, ele está quebrado. Maria Antônia, 65 anos, e os parentes de Luan Fernandes nunca receberam qualquer satisfação por parte do IML goianiense. Muito menos assistência psicossocial do estado de Goiás. Semianalfabeta, sem dinheiro para pagar advogado, vivendo dos R$ 640 da aposentadoria e do pífio lucro da comercialização de doses de pinga na venda improvisada montada na sala de casa, ela recorre apenas à fé.
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