O aposentado José Eustáquio Gonçalves, 45 anos, morador do Recanto das Emas, descobriu que tinha a doença de Chagas aos 38. Ele começou a se tratar, mas, com o tempo, os remédios já não faziam mais efeito. Aos 42, colocou um marca-passo. ;Sentia muito cansaço, não conseguia dormir nem comer ou beber água. Ficava com falta de ar e as minhas extremidades estavam roxas, estava muito debilitado;, contou. Foi quando os médicos sugeriram o transplante, e José Estáquio logo pensou que deveria viajar para outro estado. ;Quando descobri a doença, o médico falou que seria preciso ir a São Paulo, caso fosse fazer o transplante. Saí do consultório chorando, não queria ir;, lembrou.
No entanto, o aposentado entrou na fila de transplantes de coração no fim do ano passado e conseguiu operar no último 1; de maio. ;Antes, eu cochilava e acordava assustado, achando que estava morrendo. Foi muito bom poder ter feito a cirurgia aqui em Brasília, o tratamento foi ótimo e a equipe do hospital, muito boa;, comemorou. Aos poucos, José Eustáquio volta à vida normal. ;Consigo dormir bem, estou respirando e comendo normalmente. Consigo subir e descer escadas e, todos os dias, faço uma caminhada de dois quilômetros perto da minha casa. Estou me sentindo outro, vivo de novo;, completou.
José Eustáquio é um dos beneficiados com a melhora na área que ocorreu em Brasília quando o assunto é transplante. Há alguns anos, a notícia sobre a necessidade de um transplante de órgão ou de tecido no Distrito Federal quase sempre vinha acompanhada da necessidade de ir a um estado. Debilitado, o paciente enfrentava quilômetros de distância e dependia de um recurso chamado Tratamento Fora do Domicílio (TFD) para fazer a cirurgia. No entanto, a partir de 2007, a realidade por aqui começou a mudar com o fortalecimento da Central de Captação de Órgãos e Tecidos. Hoje, dos 10 principais procedimentos nessa área, sete podem ser realizados no DF.
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