postado em 23/07/2013 06:10
Enquanto o número de denúncias de violência contra o idoso cresce em ritmo acelerado, a rede pública de assistência às vítimas caminha a passos lentos. Das 14 instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), ou casa-lar, do Distrito Federal, sete são particulares e cobram uma quantia alta, inacessível para boa parte dos 197.613 habitantes com mais de 60 anos. O preço para abrigar pessoas nessa faixa etária pode chegar a R$ 8 mil por mês e varia de acordo com os serviços oferecidos.
Das sete entidades filantrópicas, apenas quatro têm convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest). Segundo o Estatuto do Idoso, nas instituições dessa natureza, é facultada a cobrança para os custeios. O valor não pode exceder 70% de qualquer benefício previdenciário ou de assistência social recebidos pelo atendido. A boa notícia é que a parceria com a rede pública tem ampliado, aos poucos, o número de vagas. Hoje, o DF tem 561 abrigados, 59% deles estão em ILPIs conveniadas. Mais 20 homens vivem na Casa Viva/Unidade de Acolhimento para idosos, única mantida pela pasta.
A urgência em ofertar mais postos acessíveis às classes baixas acompanha o crescimento das denúncias de violência contra o grupo. O Correio publicou, na edição de ontem, o aumento de 328%, entre 2011 e 2012, no número de notificações ao Disque 100, à Central Judicial do Idoso e ao Núcleo de Estudos e Programas na Atenção e Vigilância em Violência (Nepav). O número de vítimas subiu de 330 para 1.174 ; em alguns casos, uma pessoa pode sofrer mais de um tipo de agressão.
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