Cidades

Com demanda crescente, controle do tabagismo é ineficiente no DF

Apenas 40 das 77 unidades credenciadas no programa de controle do tabagismo oferecem atenção permanente

postado em 23/07/2013 06:56
Marcelo Rangel ficou sem fumar durante um ano, mas teve uma recaída. Agora, ele apelou ao ciclismo para deixar o vício

O tratamento para controle do tabagismo no Distrito Federal está funcionando com pouco mais da metade (52%) do serviço. Das 77 unidades credenciadas na Secretaria de Saúde do DF para executar o Programa de Controle do Tabagismo e outros Fatores de Risco de Câncer, apenas 40 são de trabalho permanente. Os outros centros (37 unidades) acabam muitas vezes tendo os serviços suspensos por falta de profissionais, que são transferidos de setor e, especificamente neste época do ano, entram de recesso. Quem procura o programa para tentar largar o cigarro tem que entrar em uma lista, e a espera pode passar de dois meses.



Um exemplo é o da manicure Alana Ferreira Maldonado, 50 anos. No início de junho ela procurou o posto de saúde de Samambaia para conseguir tratamento para o marido, que depois de um problema de saúde precisa parar de fumar. Alana afirmou que já colocou o nome do esposo em três listas diferentes e até hoje não teve retorno quanto a disponibilidade do tratamento. ;Ele fez uma cirurgia no pulmão, precisa usar aqueles adesivos, e não posso retirar o medicamento porque ele não está inscrito em nenhum grupo. E o remédio só é dado a quem está no programa;, lamentou. Ela e o marido estão comprando os adesivos, na média de R$ 48, para sete dias.

O músico Marcelo Melo Rangel, 29 anos, parou de fumar, mas só conseguiu ficar longe do cigarro 12 meses. Está tentando parar pela segunda vez, mas agora encontrou uma aliada: a bicicleta. Para ele, ter trocado um pelo o outro aumenta as expectativas de largar de vez a droga. ;Comecei a fazer atividades, entrei para um grupo de ciclismo e senti a necessidade de parar. Dessa vez me sinto diferente e acho que vai;, afirmou.

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