Flávia Maia
postado em 28/07/2013 06:03
Experimente listar em quais lojas você faz as compras do dia a dia. Em quantas farmácias você compra? Em quais postos abastece o carro? Quais revendedoras fornecem o gás de cozinha da sua casa? Certamente, poucas marcas virão à cabeça. Brasília é uma cidade de poucos donos. Com o setor produtivo restrito, restam opções limitadas ao cliente, que costuma esbarrar em preços semelhantes no comércio e na prestação de serviços. O ambiente é propício a práticas anticompetitivas que atrapalham a livre concorrência e causam prejuízos ao consumidor.
Uma delas é a combinação de preços. Com as empresas nas mãos de poucos, fica mais fácil o possível acordo, que pode resultar na formação de cartéis, prática considerada criminosa (veja O que diz a lei). O problema é que o consumidor paga por isso. Segundo estimativas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o sobrepreço é de 10% a 20% por produto.
O gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, é um exemplo. Uma investigação deflagrada pelo Ministério Público do DF e Territórios em Ceilândia constatou que as revendedoras locais articulavam os valores do botijão. Entre fevereiro e dezembro de 2009, o produto, que custava R$ 35, subiu para R$ 43 ; reajuste de 25% ;, aumento bem acima da inflação registrada no período (4,31%).
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