Cidades

No DF vive-se mais tempo do que a média nacional, porém com menos filhos

De um lado, os brasilienses ganharam em longevidade, segundo dados do IDHM. De outro, as famílias na capital encolheram nos últimos 20 anos

postado em 31/07/2013 06:05
Daiane pesou os prós e os contras, como a falta de creches no Distrito Federal, para decidir ter somente um filho:

Vive-se mais em Brasília que a média brasileira. E as famílias da capital, nos últimos 20 anos, têm escolhido ter menos filhos. Mas os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano 2013 não podem ser comemorados sem qualquer ressalva. Elevar a idade dos brasilienses, por exemplo, não significa, necessariamente, que os anos a mais de vida serão bem aproveitados. Tanto as desigualdades internas do Distrito Federal quanto questões gerais, como saúde e opções de lazer, devem ser levados em conta. Ao mesmo tempo em que cada pessoa tem possibilidade de viver mais, a taxa de fecundidade está em queda. A mulher brasiliense, que antes tinha mais de dois filhos, hoje têm, em média, 1,8.

Nos três anos de análise do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) ; 1991, 2000 e 2010 ;, a expectativa de vida do brasiliense era cerca de quatro anos mais alta que a do resto do país. O número médio de anos dos brasileiros em 1991 ficava em 64,7, passando a 73,94 no último levantamento. No DF, os moradores viviam durante 68,87 anos no início da década de 1990. Passados 20 anos, a idade média subiu para 73,86 anos.

O casal de aposentados Nilza Ribeiro, 70 anos, e Josino Montenegro, 87, acredita que a receita para viver mais é ter uma alimentação saudável e passear. ;Viajamos, pelo menos, duas vezes ao ano. O segredo é não se preocupar com nada;, diz Josino. ;Ter horário para se alimentar e praticar exercícios também influenciam na qualidade de vida das pessoas. Outra coisa importante é brincar com os netos, e não ter obrigação de cuidar (deles);, afirma dona Nilza. Ainda assim, o casal reclama da assistência precária à saúde e a falta de áreas de lazer para os idosos.

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