postado em 01/08/2013 06:04
Professor da rede pública do Distrito Federal desde 1981, Paulo Sérgio Leal Alves não está em uma fase boa da relação com o magistério. ;Há 10 ou 20 anos, eu trabalhava com cinco ou sete turmas. Hoje são 13, 14. Não consigo desenvolver o conteúdo da mesma forma. Atingi um número maior, com uma qualidade 50% menor;, avalia. Paulo Sérgio explica que, para conseguir lecionar em mais turmas, as horas-aula semanais para cada uma delas foram reduzidas. Se, quando começou a carreira, ele se encontrava com o mesmo grupo quatro vezes na semana, atualmente as disciplinas têm dois horários na grade. Paulo Sérgio ensina física e matemática no Centro de Ensino Médio Setor Leste, na Asa Sul.
A crítica do professor é motivada pela evolução dos resultados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. A plataforma de consulta mostrou um avanço na inclusão de crianças e jovens no sistema de ensino de 1991 para 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) passou de 0,725, em 2000, para 0,824, em 2010, o que significou uma taxa de crescimento de 13,66%. Já o IDHM Educação na capital federal foi de 0,419, em 1991, ; considerado muito baixo ; para 0,582, em 2000 ; tido como baixo ;, alcançando 0,742, em 2010 ; localizado na categoria alta da escala. Ou seja, em 20 anos, o DF saltou da classificação muito baixa para a alta. Hoje, é o primeiro no ranking nacional, a frente de São Paulo (0,719) e de Santa Catarina (0,697).
Entre os componentes do medidor, está a proporção de crianças e jovens frequentando ou concluído etapas da educação. No período de 2000 a 2010, a relação de crianças de 5 a 6 anos na escola, por exemplo, cresceu 24,44%, e no período de 1991 e 2000, 66,48%. Em 2010, 63,89% dos alunos brasilienses entre 6 e 14 anos cursavam o ensino fundamental na série correta. No primeiro ano do atlas, o número era de 45,58%.
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