Renato Alves
postado em 04/08/2013 10:05
Erguida a partir dos sonhos de quatro famílias, a Vila Rica hoje é uma um povoado fantasma. Abandonadas, as seis casas, amplas, confortáveis, erguidas para abrigar muita gente, sofrem com a falta de manutenção e a depredação. Portas foram levadas, janelas quebradas, armários destruídos. Os sótãos, agora, servem de abrigos a morcegos, que emporcalham paredes e pisos. Pior: sem qualquer proteção ou alerta, materiais usados na descontaminação da área e 10 tanques de combustíveis do antigo posto Brazuca estão expostos nos quintais e nos cômodos das residências.
[SAIBAMAIS]Antes marcada pelas cercas e por uma porteira de madeira, como as das antigas fazendas goianas e mineiras, a fachada da vila está encoberta por construções irregulares, prédios erguidos em área pública, à margem da BR-020. O acesso se dá apenas por um cubículo, onde mal passa um carro, entre uma madeireira e uma vidraçaria.
Apesar de placas com aviso de segurança 24 horas em cercas, não havia um vigilante quando o Correio lá esteve, durante o dia. Funcionários das empresas vizinhas disseram não ver alguém cuidando de lá há muito tempo. Mas existem claros sinais da presença de vândalos e de usuários de drogas nos imóveis e nas áreas verdes da antiga chácara.
Restos de comida, garrafas de bebida alcoólica e vestígios de objetos usados para o consumo de crack estão nos cômodos imundos e escuros das residências e nas varandas. Há ainda marcas de trilhas humanas e restos de fogueiras onde antes ficavam o pomar e a horta, agora tomados apenas pelo mato. A vegetação também avança pelas colunas externas das casas e em uma piscina.
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