Cidades

Diferença entre quantidade de vagas e número de carros é cada vez maior

É cada vez maior a diferença entre o número de veículos e a quantidade de espaços para estacioná-los na capital federal. Além de atrapalhar o fluxo, o problema resulta em perda de tempo, revolta do motorista e desrespeito às leis de tráfego

postado em 05/08/2013 08:00
A cena de carros amontoados e estacionados em fila dupla é frequente durante a semana no Setor Comercial Sul

Se dirigir em Brasília é um estresse por causa da quantidade de veículos, imagine estacioná-los. A relação entre o número constante de vagas de estacionamento e o aumento contínuo da frota se transforma, a cada ano, em uma equação de difícil solução. O problema é grave no centro da capital, nos setores Comercial Sul, Hoteleiro Sul e Norte e Hospitalar. Por esses lugares, é comum ouvir histórias de pessoas que circulam pelas quadras por meia hora até encontrarem um lugar para deixar o carro. Em outros casos, os motoristas desistem da busca e improvisam estacionamentos em áreas proibidas ou ocupam aquelas destinadas aos espaços especiais.

É cada vez maior a diferença entre o número de veículos e a quantidade de espaços para estacioná-los na capital federal. Além de atrapalhar o fluxo, o problema resulta em perda de tempo, revolta do motorista e desrespeito às leis de tráfegoEm um cenário no qual 73% da frota do Distrito Federal é composta por automóveis, a pergunta que se coloca é: até quando as vias comportarão tamanha demanda? De acordo com o Departamento de Trânsito (Detran), há pelo menos 1.441.912 veículos em circulação. Do total, 1.052.676 são carros. Em segundo lugar, aparecem as motocicletas, que correspondem a 162.391 unidades (leia ilustração). Além disso, se avaliados os últimos 12 anos, constata-se um crescimento de 60% da frota.



Para evitar o colapso do trânsito a curto prazo, é imprescindível o investimento em transporte público de qualidade, segundo o professor doutor em estudos do transporte da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César Marques. ;É preciso dar à população alternativas que reduzam a dependência do transporte particular;, defende.

A medida se mostra ainda mais urgente nas áreas centrais das cidades, segundo Marques. ;O grande problema da falta de vagas, no Setor Comercial Sul, por exemplo, não é causado por quem vai lá para comprar. É por quem trabalha na região e deixa o carro no estacionamento o dia todo;, explica. Na avaliação do especialista, isso dificulta a rotatividade dos espaços. ;Assim, o local fica cheio sempre;, critica o educador da UnB.


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