Parte da mesma Câmara Legislativa disposta a tornar lei uma recompensa por denúncias contra desvios de recursos públicos tenta encontrar uma forma de adiar a análise das representações contra três de seus 24 integrantes. Aylton Gomes (PR), Rôney Nemer (PMDB) e Benedito Domingos (PP) são acusados de envolvimento em um suposto esquema de corrupção. Por decisão judicial, eles têm de devolver R$ 33 milhões aos cofres públicos. Se um cidadão comum tivesse delatado a irregularidade, ganharia R$ 3,3 milhões como prêmio.
O ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa, que denunciou o suposto esquema ao Ministério Público e à Justiça, não pode ser beneficiado com a gratificação prevista no projeto de lei de autoria do deputado Israel Batista (PEN). A proposta, que remete aos tempos do Velho Oeste americano, conforme mostrou o Correio na edição de ontem, prevê que envolvidos em desvios de verbas públicas não ficarão com a recompensa.
O projeto de Israel foi aprovado, por unanimidade, em 27 de junho, e chegou a receber o voto de 22 dos 24 deputados da Câmara. Para virar lei, aguarda sanção do governador Agnelo Queiroz. Em nota, o Governo do Distrito Federal (GDF) afirmou, ontem, que a matéria passará por análise técnica e, só então, o governador vai se pronunciar. O prazo para sanção é de 15 dias.
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