postado em 07/08/2013 10:53
O julgamento dos suspeitos de espancar e matar o jovem de 22 anos, Ivan Rodrigo da Costa, conhecido como Neneco, na porta de uma boate, na Asa Norte em agosto de 2006, foi retomado nesta quarta-feira (7/8). Fernando Marques Róbias, vulgo Lacraia, foi o primeiro dos réus a depor. Ele se recusou a responder as perguntas do Ministério Público e só responde às questões do juiz e dos jurados. Negou que tenha agredido Neneco de forma desproporcional: "Em nenhum momento eu queria sair da minha casa para matar alguém". Ele entrou em contradição com relação às pessoas que estavam no carro e afirmou que só ele e Franciso Edilson Rodrigues de Souza Júnior agrediram Ivan.
Edson de Almeida Teles Júnior foi o segundo a depor; negou ter batido em Ivan, mas admitiu ter corrido atrás de Luiz Alberto Ferreira, amigo de Neneco que saiu vivo da confusão. O réu disse ainda que não sabe se o soco que deu atingiu Ferreira.
A previsão é de que os demais reús, Francisco, Thiago Martins de Castro,e Alexandre Pedro do Nascimento prestem depoimento ainda hoje.
[SAIBAMAIS]A primeira audiência do caso ocorreu nessa terça-feira (6/8) e foi marcada por depoimentos tensos e contradições. Uma das últimas testemunhas de defesa disse que saiu do carro para apartar a briga, mas a fala foi questionada pelo Ministério Público - no primeiro depoimento a mesma testemunha afirmou que ninguém tentou separar a confusão. No fim da noite, também foi ouvido o delegado do caso, Antonio Coelho, da 2; DP, que apontou dificuldades no inquérito. "Os réus são muito agressivos. Eles encaravam e destratavam, inclusive, os policiais".
Neneco, 22 anos, foi espancado até desmaiar nas proximidades da boate Fashion Clube, próximo ao Liberty Mall, na Asa Norte, há quase sete anos. Os suspeitos respondem perante júri popular por homicídio qualificado por motivo fútil, praticado por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Fernando Lacraia também responderá por lesão corporal a Luiz Alberto. O suspeito Thiago Martins será julgado separadamente, pois teve o processo desmembrado em virtude de nova condenação penal ocorrida em 2007.
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