A elevada renda per capita não livra os brasilienses do endividamento nem da inadimplência. Pelo contrário, o alto poder aquisitivo amplia a margem ao consumo de bens mais caros e financiamentos fáceis, que podem resultar em débitos difíceis de serem quitados. Oito em cada 10 famílias do Distrito Federal estão com parte dos salários comprometida com algum tipo de dívida, com cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros. O número equivale a 613.877 famílias, das quais 67.996 têm contas atrasadas há mais de 30 dias (9,2%). O percentual de famílias com dificuldades para honrar os compromissos na cidade é maior do que o nacional. Em todo o Brasil, 59% das famílias têm débitos que comprometem a renda.
Apesar dos dados, os comerciantes locais estão otimistas. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio), mostrou que, entre junho e julho, o índice de endividamento caiu quase dois pontos percentuais na capital. Em junho, ele chegava a 84,7% e atingia 13.289 famílias a mais. Para o comércio, a conta é simples: quanto mais comprometido estiver o orçamento, menos os consumidores gastam. ;O número é o menor em 11 meses. Isso mostra que as famílias estão mais cuidadosas. Se esse percentual fosse crescente, seria preocupante. Já que está em queda, temos a esperança de que as pessoas voltem a fazer uso do crédito nas compras de fim de ano;, afirma o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana.
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