postado em 13/08/2013 06:02
Há quatro dias sem notícia do estudante Fellipe Dourado Paiva, de 22 anos, familiares e amigos do rapaz resolveram espalhar cartazes pelo Plano Piloto e pelo UniCeub, na 707/708 Norte, onde imagens das câmeras de segurança flagraram o rapaz deixando a faculdade, na última sexta-feira. O jovem vestia casaco verde desbotado, blusa preta, calça jeans escura, tênis cinza e usava uma mochila preta. Na carteira, carregava R$ 20 e um talão de cheques. Fellipe cursa educação física e usa remédio controlado para depressão. Sem os medicamentos, a família acredita que ele pode estar desorientado. Em Vicente Pires, uma família também pede ajuda para localizar um parente com esquizofrenia.
Ontem, a irmã de Fellipe, Priscila Dourado, de 26 anos, esteve na 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte) acompanhada de três amigas. A jovem prestou depoimento na unidade policial responsável pela investigação e deu detalhes da rotina do irmão. ;Ele não tem namorada, não usa drogas e não teria motivo para fugir. Meu irmão já saiu de casa sem o nosso consentimento, mas sempre ligava dizendo onde estava. Nunca ficou sem dar notícia;, contou. A esperança é de que os investigadores descubram o paradeiro do jovem, que não carregava aparelho celular no dia do sumiço.
Nos últimos dias, Priscila, amigos e parentes percorreram comércios, prédios, hospitais e também pediram informações até no Instituto Médico Legal (IML) para saber se Fellipe tinha dado entrada no local. Pela manhã, pregaram cartazes na Rodoviária do Plano Piloto. Um primo deles visitou prédios da Asa Norte, próximo do UniCeub, atrás de imagens que pudessem ter flagrado a saída do estudante, mas sem sucesso. A única imagem até o momento é a das câmeras da faculdade. Nela, Fellipe deixa o espaço às 8h15, sozinho e aparentemente tranquilo.
Ouvindo vozes
Outra família que também pede ajuda é a da professora Angélica Celeste, de 46 anos, moradora de Vicente Pires. O marido dela, Antônio Rodrigues Neves, 50, conhecido como Tonico, está desaparecido há 40 dias. O homem trabalhava como motorista da Câmara Legislativa do DF, mas, em 2005, foi diagnosticado com esquizofrenia.
Parentes percorreram todos os lugares possíveis e distribuíram mais de dois mil cartazes pelo Distrito Federal e municípios goianos ao redor do DF, mas não encontraram pistas. ;O sofrimento não é só de pensar que ele está passando fome e frio. Temos medo que ele seja atacado na rua por usuários de droga ou criminosos. É angustiante estar esperando uma pessoa e ela não chega;, desabafou Angélica.
Para ajudar
; Quem tiver notícia sobre Fellipe pode ligar para Priscila, no 3381-3122.
; Já quem souber do paradeiro de Antônio Rodrigues Neves, pode ligar no 3551-2320 e falar com Angélica.