Cidades

Convivência com vizinhos pode se tornar um laço duradouro de amizade

Se, para muitos brasilienses, a convivência com vizinhos é difícil, para outros as queixas não são vividas nem de longe

postado em 17/08/2013 07:40

No Bloco E da Quadra 308 Sul, os interfones têm hora certa para tocar: 16h, momento de encontro no Senadinho. Em Taguatinga Norte, as janelas dos apartamentos servem para os moradores cuidarem das crianças do condomínio. No Jardim Botânico, caminhadas diárias no fim do dia revelam uma amizade de quase duas décadas. Se, para muitos brasilienses, a convivência com vizinhos é difícil, para outros as queixas não são vividas nem de longe. As histórias retratam que é possível, sim, criar laços duradouros com aqueles que moram ao lado.

Se, para muitos brasilienses, a convivência com vizinhos é difícil, para outros as queixas não são vividas nem de longe

Não importa se o local para começar a amizade é o pilotis de um prédio ou as ruas do condomínio. O mais importante é estar disposto a acolher os que estão a poucas ruas de casa ou a alguns andares do apartamento. A falta de um ingrediente na hora de fazer um bolo e o telefone sem sinal quando o gás acaba também são fundamentais. ;É a hora que a gente recorre aos que estão sempre ali do nosso lado, os nossos vizinhos;, conta Teresinha de Jesus Maranhão, 58 anos. Moradora de um prédio em Taguatinga há 23 anos, ela conta que conquistou a vizinhança. Hoje, pelo menos sete mulheres do edifício Baía Blanca, onde ela mora, se reúnem semanalmente para conversar e rezar o terço. Também organizam festas e campanhas de doações.

O banquinho de madeira embaixo do prédio também é uma boa estratégia para a aproximação dos vizinhos. Na 308 Sul, os moradores são fiéis ao encontro diário. Se alguém esquece, o interfone leva o recado: hora do Senadinho, reunião para conversar sobre assuntos variados, entre eles novela, receitas e muitas fofocas. E é lá que as histórias de até 50 anos de amizades são lembradas. Cadeiras de plástico ficam guardadas para os que vão chegando mais tarde. ;Fizemos tantas amizades que o espaço já está ficando pequeno. Sugerimos outro banco e até uma televisão, porque precisamos subir na hora da novela;, brinca Maria Zenilda, 77 anos, moradora da Asa Sul desde 1964.

As crianças também ajudam na ligação entre os vizinhos. Foi com os filhos que as amigas Maria Izabel Leal Moreira, 55 anos, e Maria Teresa Vieira Tosi, 51, tiveram o primeiro contato, há 15 anos. O tempo passou, os filhos cresceram, mas a amizade permanece. Os maridos também se juntaram e hoje os quatro dividem alegrias e ansiedades. ;Os vizinhos passam a ser da nossa família;, conta Maria Teresa.

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