Flávia Maia
postado em 19/08/2013 06:00
Quando Brasília foi inaugurada, o trabalhador brasileiro já tinha os seus direitos assegurados: a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) existia há 17 anos. Assim, a cidade começou com um passo à frente das outras. Enquanto os empregadores das outras unidades da Federação tiveram que se adaptar, na capital, os trabalhadores que chegavam tinham a certeza da carteira assinada. O resultado é uma região com formalização em alta. Nos últimos 21 anos, ela aumentou 279%. Embora haja motivos para comemorar, ainda há 100 mil trabalhadores sem o registro. Eles correspondem a 15% dos assalariados do setor privado, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF) de junho deste ano, últimos dados divulgados.
Dos 666 mil assalariados do setor privado, 566 mil têm os direitos trabalhistas garantidos, o equivalente a 84,9%. Na análise da série histórica do comportamento da formalização no país, observa-se que, na década de 1990, a taxa oscilava pouco e os informais correspondiam a 20% e 22%. A partir de 2005, a capital começa a registrar índices de informalidade abaixo dos 20%.
Prática comum
A esperança de encontrar um futuro melhor com um emprego formal fez Eliene de Oliveira Sá, 20 anos, se mudar do Piauí para Brasília. Embora tenha a Carteira de Trabalho há dois anos, nunca um empregador a assinou. Ela conta que a prática é comum no seu estado de origem. ;Trabalhei dois anos sem férias e sem garantias. Acho que ter carteira assinada faz muita diferença devido aos benefícios, por isso, estou procurando um emprego que assine carteira;, conta Eliene, que quer uma vaga de babá ou de atendente.
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