O telefone celular e a internet são as principais armas de policiais civis goianos contra o descaso com a segurança pública do estado vizinho ao Distrito Federal. Numa página virtual mantida pela categoria em uma grande rede social, os agentes denunciam a precariedade da estrutura de delegacias em Goiás. Batizada de Diário de Delegacia, a comunidade criada em uma rede social exibe relatos das dificuldades dos profissionais e, principalmente, fotografias das instalações em que trabalham. Grande parte das imagens é de unidades do Entorno, região goiana mais violenta e com a menor quantidade de policiais e viaturas.
Até a noite de ontem, a comunidade tinha 1,1 mil integrantes. A maioria se identifica como agente de polícia de Goiás. Em um dos mais recentes posts, apareciam quatro fotos de entulhos. ;Não são imagens de guerra, mas de um Ciops do Entorno de Brasília;, escreveu o autor, Marrer Hafi. O também policial civil Thiago Muller exibiu nove imagens do 2; Distrito Policial de Valparaíso ; onde também funciona o Ciops do Céu Azul ;, cercado de mato, com marcas de tiro na fachada, cadeiras quebradas no interior e dezenas de carros velhos no pátio, incluindo os da corporação. Mas a fotografia que mais chama a atenção é a de um galo passeando pela recepção.
A mensagem referente ao 7;DP, de Aparecida de Goiânia, acompanha um relato surpreendente: ;Lá, é um muquifo, não tem nem sala para ouvir suspeitos e vítimas. O pior é que, enquanto a pessoa presta depoimento, o marginal não tem lugar para ficar. Ele tem que ir para o lado de fora, no quintal da delegacia, com um policial vigiando. Nisso, o criminoso escuta tudo o que o depoente fala, porque não tem acústica necessária pra resguardar o atendimento;. Ainda há várias outras publicações de distritos policiais goianos sujos, com todo o tipo de equipamento quebrado, rachaduras e fiação exposta.
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