Renato Alves
postado em 26/08/2013 06:00
Tempo de seca, dias de muito trabalho para o Corpo de Bombeiros. Especialmente para aqueles que cuidam de forma específica das áreas verdes do Distrito Federal. Nas últimas quarta e quinta-feiras, uma equipe do Correio acompanhou a rotina de equipes do Grupamento de Proteção Ambiental. Viu, principalmente, a dificuldade em encontrar e acessar os focos de incêndio. Muito em função dos motoristas que não dão passagem nem a viaturas com sirenes ligadas. Testemunhou também a resistência física dos militares. Eles passam horas sem comer e ir ao banheiro. Em meio às labaredas, as maiores preocupações são a inalação de grande quantidade de fumaça, a insolação, os buracos escondidos pelo mato e o ataque de animais peçonhentos acuados pelas chamas.
No entanto, neste ano, nenhum bombeiro ainda foi vítima de grave acidente. Muito pela preparação, a cooperação entre os colegas e os equipamentos individuais de proteção. Os brasilienses contam com o que há de melhor no trabalho em terra. Além do fardamento obrigatório, eles só deixam o quartel com mochila d;água para consumo próprio, capacete, óculos, luvas e balaclava. Para combater o fogo, levam uma bolsa com 20 litros de água, abafadores e facões.
Na quarta-feira, um dia de poucas chamadas, uma de maiores destaques foi no Setor de chácaras de Taguatinga Norte. Atendida por um grupo de militares lotado na cidade, a ocorrência era grave pela proximidade a uma residência. ;Trabalho aqui há três anos e, nessa época, sofremos com os incêndios. Passei o trator, mas não adianta. São os vizinhos que colocam (o fogo) e eu nem falo nada, não quero confusão. Ontem (terça-feira), eu estava com medo de sair de casa e pegar fogo em tudo, aí, hoje, acontece isso;, lamentou Aldeni Rodrigues de Jesus, 46 anos. Os carros da oficina de lanternagem, gerenciada pelo marido e pelo filho, e as 40 galinhas foram salvos a tempo, mas os pés de graviola e de manga não resistiram ao calor.
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