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Após recusar recompensa, morador de rua vai para clínica de tratamento

"O que eu mais queria era que alguém me trouxesse para algum lugar, pra me tratar. Em vez de me dar um dinheiro, me ajudar na minha recuperação", disse Adeilson

TV Brasília
postado em 26/08/2013 15:55
Após receber oferta de recompensa em dinheiro, o morador de rua que encontrou o estudante Fellipe Dourado Paiva, 22 anos, preferiu o tratamento em clínica de reabilitação para dependentes químicos. Adeílson Mota de Carvalho, de 37, quer começar a trabalhar para reencontrar a família. Sem contato com os parentes há cinco meses, o Correio fez a , que mora em Redenção, no Pará, na última sexta-feira (23/8). <--[if gte mso 10]> <[endif]--> <--[if gte mso 9]> Normal 0 21 MicrosoftInternetExplorer4 <[endif]-->

Adeílson deixou dois filhos no Maranhão e veio para Brasília em busca de novas oportunidades. Em Brasília, ele se tornou morador de rua e se envolveu com o crack. Ex-marceneiro, ele diz que o encontro com o estudante Fellipe - que esteve desparecido por 13 dias - deu-lhe forças para tentar deixar o vício.

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;Eu sei fazer tantas coisas e tantas pessoas me elogiavam pelo que eu fazia e eu jogado usando drogas. O que eu mais queria era que alguém me trouxesse para algum lugar, pra me tratar. Em vez de me dar um dinheiro, me ajudar na minha recuperação;, disse.

Há dois dias na clínica de reabilitação, Adeílson faz parte de um grupo de 60 homens em tratamento, conta com o apoio de psicólogos e usa medicamentos para evitar a abstinência. O tratamento terá duração de seis meses.



Quando encontrou Fellipe, Adeílson disse que achou estranho o jovem morar na rua e não ter vícios. ;Ele falou para mim que não bebia nem fumava, não tinha vício nenhum. A partir desse momento, eu achei estranho; um rapaz novo, de boa aparência, estar na rua;.

Adeílson havia conversado com a mãe de Felipe três dias após o desaparecimento do estudante (12/8). Ela teria mostrado um cartaz e perguntado se o morador de rua havia visto o jovem. Foi por causa desse encontro que Adeílson reconheceu a fisionomia de Felipe.

Assim que encontrou o rapaz em uma caixa de papelão na Rodoferroviária, o ex-morador de rua foi até um posto da polícia em busca de ajuda, foi nesse momento que Felipe subiu em uma árvore.

Desaparecido desde 9 de agosto, após deixar o Centro Universitário de Brasília (Uniceub), onde estuda educação física, Fellipe foi encontrado na tarde da última quinta-feira (22/8), nas proximidades da Rodoferroviária de Brasília. A família espalhou cartazes por toda a cidade.

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